quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
O PRIMEIRO CAMPEONATO NO MARANHÃO - 1909
No primeiro domingo jogaram: E x H – referee: C. E. Clissold; C x B – referee: T. H. Downey. No dia 25: A x D – referee: J. M. A Santos; G x F – referee: T. H. Downey. A seguir é dada a escalação dos times, distribuídos os jogadores nas seguintes posições:
goal-keeper (1); full-backs (2); forwards (3), e que os times começariam a se enfrentar a partir do dia 18 de abril (Pacotilha, 17 de abril de 1909).
A primeira rodada desse primeiro concurso – campeonato – de foot-ball teve os seguintes resultados (Pacotilha, 19 de abril de 1909):
Jogo 1 – E 5 x 0 H; gols de J. Mário (4) e Cunha Júnior (1); Jogo 2 – C 4 x 2 B; gols de Downey (4), não sendo informados o(s) marcador(es) da equipe “B”.
A segunda rodada não foi realizada na data prevista – domingo, 25 de abril – por “motivo de força maior” (Pacotilha, 24 de abril de 1909, sábado), porém não se informando qual seria o motivo do impedimento. Na edição d’ A Pacotilha de 1º de maio, sábado, é anunciada a realização da segunda rodada, dando-se a escalação das equipes que se enfrentariam (Pacotilha, 1º de maio de 1909, sábado).
Lamentando as chuvas que caíram no domingo – 02 de maio – prejudicando o desempenho dos jogadores, a segunda rodada foi realizada com os seguintes resultados (Pacotilha, 04 de maio de 1909): A 1 x 0 D, gols de Rego Serra; G 2 x 0 F, gols de A Gandra, sendo que na quinta-feira – 06 de maio – haveria novo sorteio, dos times vencedores, para as partidas de domingo: B x G; e H x D; dando-se a escalação de cada uma delas, servindo de árbitro, para ambos os jogos C. E. Clissold.( Pacotilha, quinta-feira, 06 de maio de 1909). Os resultados foram, na primeira partida: B 10 x 0 G, gols marcados por Downey: dois no primeiro tempo e oito no segundo; e na segunda partida: H 4 x 2 D, gols marcados por Satú Bello e J. Mário no segundo, não se informando quantos cada um marcou, nem quem fez os gols do D.
Os jogos, conforme rezava o Regulamento, foram disputados em dois tempos de 15 minutos cada um, sendo que no intervalo do primeiro jogo, jogava-se o primeiro tempo do segundo jogo; terminado este, voltavam a jogar as equipes da primeira partida o seu segundo tempo; terminada esta, o segundo match do dia. A final do Campeonato de Foot-Ball seria disputada entre as equipe do “B” x “H”, vencedoras das “semi-finais”, cuja composição dos “teams” segue no Quadro 2.
Embora previsto no Regulamento, a cobrança de ingressos nas semi-finais, a partir da segunda fase da competição, não foram cobrados devido às intensas chuvas que vinham castigando a cidade; mesmo assim houve grande afluência de público em todas as partidas. Para a partida final, seriam cobrados os ingressos. No domingo marcado para a grande final desse “primeiro Campeonato Maranhense de Foot-Ball”, voltou a chover muito, a partir das três da tarde – o início do jogo estava marcado para as quatro -, o que impediu a presença do grande público esperado. O jogo começou às 4 ½, e “... esteve realmente bem disputado, pois os footballers jogavam com interesse”, informa o cronista d’ A Pacotilha.: “Após porfiada luta, o team “B” conseguiu marcar o goal, dando-se por encerrada a primeira parte do programa. Na segunda parte contava ainda a victória ao team “B”, que fez um segundo goal. Depois disto o team “H” fez um goal, correndo o match sem resultado até o final. Coube, portanto, a victória completa ao team ‘B’”, porém não foi informado o nome dos marcadores.
Nestas condições, os primeiros campeões maranhenses de foot-ball, em concurso disputado em 1909, entre os sócios footballers dos clubes Fabril e Maranhense, então existentes em São Luís do Maranhão, foram os seguintes: Goal: E. Simas; Full-backs: M. Sardinha e Raymundo Almeida; Forwards: T. H. Downey; J. F. Costa (captain); e M. Mathias Filho (F. C. Ribeiro, que disputou a primeira fase do torneio, ao que parece foi substituído por M. Sardinha no jogo final).
O PRIMEIRO CAMPEONATO NO MARANHÃO - 1909
História do Futebol Maranhense - Parte 4
O Novo Fabril AC agora chamado de Foot-Ball Athletic Club
Em virtude do movimento estudantil, em 1915, os remanescentes do Fabril Athletic Club retornaram às atividades esportivas, pois no dia 05 de outubro de 1915, num prédio da rua Grande, n. 220, reuniram-se “... os incorporadores de uma nova
As eleições do novo F. A. Club - agora, Foot-ball Athletic Club - reconduziram Joaquim Moreira Alves dos Santos - Nhozinho - à presidência do clube da Fabril, com Saturnino Bello como primeiro secretário e Humberto Fonseca, como segundo secretário.
Gentil Silva
Martins (1989) afirma que Gentil Silva esteve a um pé do novo FAC:
“Contudo, aconteceu que, para ele, o futebol deveria ser altamente popularizado, no que não estavam de acordo os associados, na sua grande maioria, embora não discordando de um dos pontos definidos: a
Não concordavam em abrir os portões para receber o grande
Aqueles que tinham o mesmo
O grupo dissidente reativou o “Onze Maranhense”, com sede no Parque 15 de Novembro (avenida beira Mar), nas proximidades do Beco do Silva, em São Luis. O campo foi construído numa área livre - no Baluarte - “longe das vistas do grande
O terreno não era cercado e reclamava muito trabalho de nivelamento e outras medidas, tendo sido tudo feito com muito sacrifício, pois o terreno era pantanoso, necessitando-se de algumas carradas de entulho, cedidas pelo intendente de São Luís, tenente-coronel Luso Torres. Nivelado o terreno, foi feita a gramagem e tudo ficou como ambicionavam. E “... nas tardes domingueiras, o povo estava reunido.
Famílias da vizinhança e outros amantes do esporte, vindos de longe, postavam-se para ver o jogo. Jogavam Brasil F. Clube, Vasco da Fama E. Clube, Santiago Esporte Clube e Fênix F. Clube. O sonho de Gentil Silva tornou-se realidade.”(Martins, 1989, p. 331).
Para esse autor, “foi, sem qualquer sombra de dúvida, Gentil Silva o responsável pela popularização do futebol em terra maranhense, no momento que, deixando as hostes do FAC, achou oportuno desenvolver a prática do apreciado esporte aos olhos do povo, num campo que, de princípio não possuía cercas”. (Martins, 1989, p. 332).
A consolidação do futebol
1917 - Nesse período, o esporte no Maranhão se consolida. Além do surgimento de várias outras associações esportivas e de clubes de futebol, inicia-se o intercâmbio com os dois Estados vizinhos, com a visita do Clube do Remo, no início do ano, e de um torneio envolvendo o Paysandu, do Pará, e o Internacional, da cidade de Parnaíba-Piauí, no final do ano.
Começam as “importações” de jogadores. Sem dúvidas, o fato mais importante para a consolidação do Foot-ball Association no Maranhão - e de outras modalidades esportivas -, foi o surgimento da Liga Maranhense de Foot-Ball, nos meados do ano.
O leitor de pseudônimo de “Texas”, escreve ao jornal “O Estado”, relatando o acontecido, ao mesmo tempo em que fazia um breve histórico da implantação do futebol em São Luís:
“Há um punhado de anos, que já ia longe”, ouvia falar de esportes no Maranhão, especialmente do foot-ball, “chegando mesmo a crer que ele existisse a esse tempo, mas” ... Afirma “Texas” que, se ele - futebol - existisse, era atacado por uma grande debilidade que o impossibilitava de progredir. Projetavam-se alguns matchs entre teams dos dois clubes existentes, mas por um motivo ou outro, não assumia o jogo as excelentes projeções que criavam.
“Texas” condenava os despeitados que diziam, boca a boca, que “... o futebol era um jogo bruto e que não merecia ser cultivado com tamanho afinco, por uma quantidade regular de moços patrícios”.
Viam um jogo bruto porque uma pequena parcela de rapazes metiam-se a executa-lo sem método algum, cometendo as maiores extravagâncias e daí sofrendo as conseqüências desagradáveis.
Mas, por que isso? perguntava-se. Os únicos culpados era esses mesmos rapazes, que se entregavam ao esporte sem uma regra sequer que os guiasse. “Passada essa temporada de desânimo, surgiu entre nós, com grandes surpresas, assentado em bases sólidas um excelente clube esportivo”, que, transpondo todas as barreiras que haviam sido edificadas para embaraçar os passos do foot-ball começou logo “arrebanhar para o seu sítio uma porção de rapazes dispostos a trocar e a desenvolver o sensacional jogo”. “D’hai existir a temporada sportiva maranhense, cujo pavilhão foi valentemente desfraldada pelo F. A. Club, que ainda vive, são e forte”..
Com os maranhenses começando a compreender o verdadeiro desenvolvimento “não só o intelecto, mas também o físico, através da prática do esporte”, o futebol começa a servir como o elemento aglutinador da juventude. Os clubes começam a surgir, tornandose cada vez mais chic e atraindo a atenção das senhoritas. O football deixava de ser uma coisa bruta. O Maranhão contava já com nove clubes constituídos oficialmente. “Mas faltava ainda uma medida alta que merecia ser posta em prática, com urgência, para que o desenvolvimento do jogo bretão, aqui, fosse mais além. E essa medida não se fez por esperar muito. Não se fez esperar muito, afirmam, porque ahí a temos, unificando, num grande abraço maternal, todos os clubes locais que lhe são filiados, a Liga Maranhense de Foot-Ball”. (“O Estado”, 16 de abril de 1917).
Neste sentido específico certos esportes apareceram como elemento de diferenciação do estilo de vida. A prática esportiva tornava-se um indicativo de pertencimento social, tendo em vista que a prática de certas modalidades (tênis, crickt, crockt, remo) estava condicionada, no Maranhão, à participação em associações esportivas (os clubs), enquanto outras (futebol) vinham alcançando uma maior difusão social, irradiando-se por todos os lados.
Os primeiros jogos interestaduais
Muito embora Dejard Martins se refira a um primeiro Torneio Maranhão-Piauí-Pará de Futebol, com as participações do Internacional Futebol Clube (Piauí) e do Paysandu Sport Club (Pará) - patrocinado pelo Foot-ball Athletic Club - o que houve foram jogos distintos, entre Paysandu e FAC, primeiro, depois Internacional x Paysandu, e depois Internacional x FAC, pois a delegação do Piauí não chegou a tempo para o início das competições (“O Estado”, 11 de dezembro de 1917).
O Internacional jogou duas vezes contra o Paysandu, perdendo ambas as partidas por 15 x 0 e 9 x 0. Já contra o FAC, o resultado foi FAC 8 x 2 Internacional; a segunda partida, Internacional 4 x 1 FAC. Os jogos entre FAC e Paysandu terminaram, FAC 0 x 7 Paysandu, o primeiro. Havendo empate em 2 x 2 no segundo. Em 11 de dezembro, o Internacional ainda estava sendo esperado.
Autor: Leopoldo Gil Dulcio Vaz - professor de educaçao fisica, pesquisador-associado do Atlas do Esporte e socio do IHGM.
Fonte: DA COSTA, Lamartine (Org.) - Atlas do Esporte no Brasil (RJ) - CONFEF, 2006.
Página adicionada no Campeões do Futebol em 23 de julho de 2011
História do Futebol Maranhense - Parte 3
Em 1910 é inaugurada a Escola de Aprendizes Artífices em São Luis, (hoje CEFET-MA instalada na Praça da República, em prédio ocupado pelo Ministério da Agricultura). Escola
Entre os anos de 1910–1914, o esporte maranhense, em especial o futebol, passa por uma profunda crise – a primeira – com clubes se dissolvendo em São Luis, e seus sócios formando outras agremiações, não apenas para a prática de futebol. O Clube Euterpe é fechado (1910), surgindo em seu lugar o Casino Maranhense (1911).
Graças ao empenho do cônsul inglês, a partir de 1915, houve um que renascimento dos esportes em Maranhão. Os
O primeiro
Em função do movimento em prol dos flagelados dos estados vizinhos - Ceará e Piauí - reuniram-se na Cervejaria Maranhense, localizada na Praça João Lisboa de São Luis, os idealizadores do Campeonato Maranhense de Football, para a organização do grande "match" que pretendiam realizar ("O
No Domingo, dia 15 de agosto, foi realizado um jogo-treino: "Foot Ball - Conforme noticiamos, realizou-se hontem, às 16 horas, o primeiro match de trenagem da série instituída. O público já principia a tomar interesse pelas partidas, tanto que a concorrência foi animadora." ("O Estado", 16 de agosto de 1915). Estavam envolvidos os alunos do Liceu Maranhense, do colégio Marista Maranhense e do Instituto Maranhense (este, inaugurado um ano antes). De São Luis.
Segundo Martins (1989), " ... promoveram sessões, usando as próprias salas de aula, estimulados pelos mestres. Graças a essas reuniões, surgiram os quadros do Brasil F. Club, do S. Luís F. Club, do Maranhão Esporte Club, e do Aliança F. Club. Essas entidades, aos poucos, foram agrupando-se, tornandose clubes. A cada dia, os estudantes melhor se integravam, e para exercitar-se utilizavam o velho 'field' da Fabril, que tinha sido desativado pela FAC. Estávamos com o campo da rua Grande muito mal, mato tomando conta de todas as dependências, inclusive das arquibancadas." (p. 328).
Nesta seqüência de eventos, foi realizado um jogo entre os estudantes dos Maristas contra os do Brasil F. Club. Para poder assistir à partida, os espectadores deveriam se apresentar vestidos decentemente:
"FOOT-BALL - "Amanhã, às 8 horas, vai jogar uma partida no ground da Fabril contra o team dos irmãos Maristas um outro do club 'Brasil'. A entrada será franca a todas as pessoas que se apresentarem decentemente vestidas". ("O Estado", 28 de agosto de 1915).
O movimento estudantil havia ganho as ruas, tudo se fazendo para reanimar o futebol. Gentil Silva tinha retornado do Amazonas - onde havia trabalhado pelo esporte amazonense, ajudando ao Manaós Sporting Club - e integra-se ao movimento estudantil, tendo-o acompanhado nessa jornada um caixeiro viajante conhecido como "Zé Italiano", muito estimado pelos estudantes. Dessa união, foi fundado o "Guarani Esporte Clube", que recebeu esse nome do proprietário do "Bar Guarani", sr. Gasparinho. É que as reuniões eram realizadas neste bar, situado na esquina da rua Grande com a Godofredo Viana, em frente ao cine Éden, conhecidos locais de São Luis. Formaram-se duas onzenas, denominadas "Alemão" e "Francês", formando-se, também, duas torcidas, uma apoiando os "aliados", e a outra, formada pelos "germanófilos". Essa torcida ainda tinha o incentivo dos tripulantes dos navios alemães, abrigados no porto da cidade, devido à Primeira Guerra Mundial.
Neste ano, outra partida de futebol fora disputada no dia 19 de setembro, desta vez entre os times do Brazil Foot-Ball Club 0 X 1 São Luiz Foot-Ball Club, no campo da Fabril, por uma grande quantidade de espectadores, que muito aplaudiram os dois times. ("O Jornal", 20 de setembro de 1915). O Brazil Foot-Ball Club tinha seu campo no Gasômetro - hoje, Mercado Central de São Luis.
História do Futebol Maranhense - Parte 2
Em janeiro de 1908 registra-se o primeiro jogo entre duas agremiações distintas, entre o FAC - o grêmio fabrilense fora formada com o recrutamento dos melhores atletas que militavam nos
Em fevereiro, no período em que antecedia o Carnaval, as disputas não se limitavam apenas aos jogos de futebol ou à prática de outras atividades esportivas. Em uma nota sobre o Carnaval, noticiava-se a realização de um baile no salão do F.A.C. na noite de sábado. Na mesma nota, comentavase sobre a matiné do domingo, em que ocorreu um jogo de football, em que reinou muita
Em março, o Maranhense Foot-Ball Club disputou um jogo com o Derby Club:
Já no período carnavalesco, as partidas eram interrompidas, voltando somente após a quaresma, conforme chamada de maio de 1908, conclamando os sócios a comparecerem ao clube, para reiniciarem as atividades:
Fabril Athletic Clube - Depois de uma pequena interrupção, haverá uma partida de Foot-ball, para isso estão inscritos os seguintes sócios:
Moraes Rego Junior - W. Reis - J. Moon - J. Shipton - A. Vieira - J. Prado Costa - A. José Rego Serra - J. Mário - C. Guilhon - Raul S. Martins - Aluízio Azevedo - Antero Novaes - José A. Santos - Alcindo Oliveira - M. Neves - A. Gandra. Começará às 4 1/2 hora da tarde.
Para essa
Em setembro deste ano era apresentado o
A primeira partida de futebol entre crianças
Em janeiro de 1909 há a convocação de uma disputa entre crianças, conforme registrado pela imprensa da época: ... Para o Match de Foot-ball Infantil estão inscriptos os seguintes: Team Black & White - Fausto Seabra, Francisco Mello, José Pedraça, Celso C. Rodrigues, Ruy C. Rodrigues, Carlos Alberto Telmo Carneiro, José Vieira, Antonio Santos, Silvio Serra, Tevelindo Guapindaia; Team Red & White - Gastão Vieira, João Peixoto, Stenio Carneiro, José Lentini, Luiz Santos, Ivar C. Rodrigues, Joaquim Martins, Bráulio Seabra, José Soeiro, A. Salles, Carlos leite, Flávio Berredo. Os teams serão organizados no campo, os jogadores devem estar no ground às 2 da tarde e o kick às 3 horas (O Maranhão, 30 de 01 de 1909).
Realizou-se em seguida outro encontro entre o Maranhão Foot-Ball Club e o F.A.C., como partida preparatória para o festival de inauguração: Fabril Athletic Club - Match de Foot-ball em 31 de janeiro de 1909; Team do Fabril Athletic Club: Goal - J. Santos; Full backs - A. Azevedo, E. Simas; Half backs - A. Vieira, A Soeiro, J. Alvim; Forwards - A. Neves, Ary Faro, T. R. Dowey, João Baptista, J. Santos, J. Santos Sobrinho; Reserve - R. Martins, F. Ribeiro, M. Neves; Team do Maranhense Foot-ball Club: C.E. Clissold; Goal - J. Mário; Full backs - J. Torres, J. Ferreira; Half backs - J. Santos, B. Queiroz, D. Rodrigues; Forwards - A. Lobão, R. Nunes, J. Gomes, S. Bello, A, Santos; Reserve - A. Figueiredo, A. Gonçalves. - Kick of às 4 da tarde - Os jogadores devem estar no ground às 3 horas... (O Maranhão, 30 de 01 de 1909).
Inaugurado o Futebol em Alcântara
Também na cidade de Alcântara-MA o futebol fora inaugurado, em 1909:
O Foot-Ball em Alcântara - Perante grande concorrência de senhoras e cavalheiros inaugurouse hontem na fronteira cidade de Alcântara um club de foot-baal. Os teams foram animadamente disputados, sendo vencedores os do partido vermelho e branco. Durante o festival organizado para essa inauguração travou-se animada batalha de confetti e rodés entre as senhoras e cavalheiros presentes.A banda de muzica alcantarense executou escolhidas peças durante essa festa sportiva, que produziu em todos agradavelmente impressão.(O Maranhão, 08 de fevereiro de 1909).
História do Futebol Maranhense - Parte 1
Fundada em 11 de Janeiro de 1918
Endereço: Rua do Alecrim, 415 - Ed. Palácio dos Esportes
Centro - São Luís/MA - CEP 65010-040
Site Oficial: www.fmfma.com.br
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Introdução
No Maranhão, o esporte veio diretamente do exterior por meio de Nhozinho Santos, que ao regressar da Inglaterra em 1905 - onde fora estudar para técnico em indústria textil, na cidade de Liverpool -, tornara-se um ardoso praticante do “football”, e não se esqueceu de trazer em sua bagagem os apetrechos necessários à prática desse esporte: chuteiras, apitos, bolas, etc., como também para outras atividades esportivas, como o “croket”, “crickt”, tênis.
Assim, naquele final de 1905 reuniram-se na residência da família Santos, na rua Grande, n.1018, em São Luis, onde funcionava o Instituto Zoé Cerveira, o líder Nhozinho Santos, seus irmãos Totó e Maneco, alguns amigos e convidados para tratar da implantação do “foot ball association” no Maranhão. Estiveram presentes: John Shipton, John Moon, Ernest Dobler, ingleses empregados na Boat Steamship Co. Ld. (Mala Real Inglesa) e na Booth Line & Co. Ld., e os maranhenses Izidoro Aguiar, Edmundo Fernandes, Afonso Gandra, José Ramos Bastos, Antero Novaes, Carlos Neves, Antero Serejo, e outros mais (Martins, 1989:284).
Nesta reunão ficou estabelecido que na vasta área da fábrica de têxteis “Santa Izabel”, seria construído um campo para a prática do futebol, nascendo assim o Fabril Athletic Club - FAC. Neste terreno, localizado na área central da cidade, foram sacrificadas algumas árvores para que tivesse as dimensões necessárias para a prática do esporte. E posteriormente houve alguma dificuldade para se arranjar os onze jogadores para se formarem os times e os treinamentos eram realizados com dois quadros de oito jogadores cada.
As competições no campo do FAC começaram a despertar a curiosidade dos transeuntes que assistiam as partidas através de aberturas, no cercado da Fabril. Ninguém entendia do que se tratava, ao observarem os rapazes correndo atrás da bola, pois havia muita disputa e muita algazarra: “Sucederam-se os treinamentos com os esportistas apurando a forma técnica, entendo melhor as regras... não havia treinamentos físicos. A resistência vinha em decorrência do maior tempo dos coletivos que, às vezes, processavam-se até não ser mais enxergada a bola. Assim, decorreu o ano de 1906, uma ou outra disputa entre as duas formações, usando camisas e chuteiras e as bolas importadas” (Martins, 1989: 284-285).
A partir destes experimentos, deu-se início ao desenvolvimento do futebol maranhense, conforme os relatos de memória que se seguem até a fase de 1917, ano em que o esporte e o futebol, em particular, no Maranhão se mostravam consolidados.
As primeiras partidas de futebol
Embora Djard Ramos Martins registre a data de 28 de maio de 1907 como sendo a da primeira partida oficial, ocorreu uma partida antes, em 12 de abril daquele ano, entre as equipes internas dos “Pretos” ( Black and White) e a dos “Encarnados” ( Red and White), com a duração de 50 minutos, com dois tempos de 25, com a vitória dos “pretos”, por 1 x 0. O jogo teve prosseguimento por mais 15 minutos, permanecendo o resultado.
Com a instituição do Fabril Athletic Club e a constituição das duas equipes, e por força das sucessivas disputas, criou-se uma rivalidade importante para despertar o maior entusiasmo pela conquista de belos feitos: “O primeiro embate oficializado pelo F.A.C. aconteceu a 28 de maio de 1907. No final, ocorreu a igualdade (2 a 2). Essas equipes disputaram outras partidas: 26.05.1907 - Black and White 2 x Red and White 2. Naquele tempo, um jogo empate reclamava logo a realização de outro para conhecer-se o vencedor. Isso ocorreu a 16 de junho de 1907, desta feita com a vitória do ‘Black and White’ (1 a 0)”. (Martins, 1989: 285).
As equipes eram formadas pelos times do “Black and White”: João Mário; A. Vieira e G. Costa Rodrigues; E. Simas, Moraes Rego e Joaquim Ferreira Belchior; F. Machado, John Shipton, John Moon, M. Lopes e C. Gandra. O do “Red and White” era formado por: João Alves dos Santos; Izidoro Aguiar e Alcindo Oliveira; Afonso Guilhon, Aluízio Azevedo e José Ramos Bastos, Antero Novaes, Ernesto Dobler, Carlos Neves, Manoel Alves dos Santos e Antero Serejo.
Outras partidas preparatórias realizadas neste mês: 25.06.1907 - Black and White 2 x Red and White 2; 23.06.1907 - Black and White 1 x Red and White 1; 26.06.1907 - Black and White 1 x Red and White 3. Em 07 de julho de 1907 nova partida - Black and White 0 x Red and White 2; em 14.07.1907 - Black and White 0 x Red and White 1
Governo do Estado incentiva contratações para período natalino
O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria
de Estado de Trabalho e Economia Solidária (Setres), está incentivando a oferta
e contratação formal de vagas de trabalho para o período natalino. Técnicos da
secretaria estão realizando ações em estabelecimentos de comércio e serviços,
mapeando os locais e visitando empresas para a captação de vagas. Durante as
visitas são apresentados os serviços do Sistema Nacional de Emprego (Sine), que
possui um banco de dados de trabalhadores para diversas ocupações. “Esse tipo
de trabalho serve para promover o acesso de trabalhadores ao mercado de
trabalho, mesmo que seja em curto período, pois irão adquiri experiência e
poderão ser definitivamente efetivados”, explicou a secretária de Estado de
Trabalho e Economia Solidária em exercício Maria Virginia de Andrade. Até
agora, um total de 108 estabelecimentos foram visitados no Centro de São Luís e
nos shoppings e, mesmo no cenário de recessão, as expectativas são de ofertas
de vagas para o período próximo ao Natal. “Vários fatores têm sido considerados
tais como a situação econômica do país, a diminuição de postos de trabalho etc.
Mas, há sim essa perspectiva de geração de empregos para o período natalino”,
detalhou a secretária.
CONJUNTURA
De acordo com dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho na
semana passada, o Maranhão foi um dos estados brasileiros que apresentou queda
no desemprego. O estado, segundo o levantamento, perdeu 410 postos de trabalho
em outubro de 2016 contra 2.311 vagas perdidas em outubro de 2015. Em todo o
país, houve perda de 74.748 vagas de emprego. Os estados mais prejudicados
foram Rio de Janeiro (-20.563) e São Paulo (-21.995). O Maranhão está na 12º
posição em saldo de empregos no Brasil, com 10.888 contratações e um dos
setores que mais gerou novas vagas foi o de comércio e serviços, com 331 novas
vagas.
MAIS EMPREGOS
Parar combater a crise econômica e estimular
o crescimento do emprego formal, sobretudo nos setores de comércio e serviços,
o Governo do Maranhão criou o Programa ‘Mais Empregos’, que confere isenção
fiscal para empresas na contratação de novos funcionários a partir de agosto de
2016.
Para ingressar no ‘Mais Empregos’, as
empresas devem ter regularidade fiscal e cadastral, utilizarem regime normal de
apuração e não serem beneficiárias de outros programas de incentivos fiscais na
esfera estadual. Além desse, outros programas lançados no estado para aquecer a
economia foram o ‘Cheque Minha Casa’, destinado a beneficiar famílias de baixa
renda para reforma de imóveis, e o ‘Mutirão Rua Digna’, com investimentos em
material e serviços para a recuperação de ruas, gerando novos postos de trabalho.
Com crise de ciúmes, mulher fere companheira do ex-namorado com garrafa em uma festa
Um crime passional aconteceu na madrugada de
sábado, 26, em uma casa de shows de Santa Inês. Uma jovem de nome Fabrícia
Soares utilizou-se de uma garrafa de vidro quebrada para cortar o rosto
da vítima de 19 anos. De acordo com informações da polícia, a vítima namorava o
ex-namorado de Fabrícia, enciumada, ela teria quebrado a garrafa e partido para
cima da vítima que teve parte do rosto cortado. A vítima foi socorrida e
encaminhada para o Hospital Municipal onde levou mais de 10 pontos. Fabrícia se
apresentou na Delegacia Regional onde prestou depoimento.
De acordo com o Delegado Regional, Ederson Martins,
será instaurado o inquérito por lesão corporal gravíssimo, já que a vítima terá
seu rosto deformado permanentemente e o procedimento será encaminhado para o
judiciário para os procedimentos cabíveis. A pena do crime de lesão corporal
gravíssimo é de 2 a 8 anos de prisão.827 mil pessoas são portadores de HIV no país e 112 mil vivem com a doença e não sabem
Segundo o ministério da
Saúde, a epidemia no Brasil está estabilizada com uma taxa de 19,1 casos para
cada 100 mil habitantes
De acordo com o Ministério da Saúde,
atualmente 827 mil pessoas vivem com HIV no país. Destas, cerca de 372 mil
pessoas ainda não estão em tratamento. Os dados divulgados na última
quarta-feira, 30, mostraram ainda que 260 mil que não estão em tratamento, já
sabem que são soro positivo e outras 112 mil vivem com o HIV sem saber.
Segundo o ministério, a epidemia no Brasil
está estabilizada, com uma taxa de detecção em torno de 19,1 casos para cada
100 mil habitantes. Esse número representa cerca de 41,1 mil novos casos ao
ano.
Os números ainda mostram uma queda de 42,3%
na mortalidade provocada pelo HIV no Brasil nos últimos 20 anos. A taxa caiu de
9,7 óbitos para cada 100 mil habitantes em 1995 para 5,6 óbitos em cada 100 mil
habitantes em 2015.
A cobertura do diagnóstico de HIV/aids no
país passou de 80% em 2012 para 87% em 2015, o equivalente a 715 mil pessoas. A
meta é chegar a 90% até 2020.
Os maiores incrementos, de acordo com os
dados, foram observados na meta relacionada ao tratamento, que passou de 44% em
2012 para 64% em 2015. O número representa 455 mil pessoas.
Na meta referente à redução da carga viral, o
país passou de 75% em 2012 para 90% em 2015, o equivalente a 410 mil pessoas.
PROTESTO CONTRA PEC DO TETO TERMINA EM CONFRONTO EM BRASÍLIA
Terminou em confronto ontem terça-feira um
protesto convocado pela UNE, representantes da CUT, MST, organizações ligadas
às universidades federais e grupos indígenas contra o governo Michel Temer e a
aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 55, que impõe limite aos gastos
públicos. Manifestantes viraram ao menos dois carros – um deles, da emissora
Record – e atiraram garrafas e outros objetos contra os policiais, inclusive
flechas e coquetéis molotov. A polícia reagiu com bombas de efeito moral
e balas de borracha. Carros foram pichados com a frase ‘Fora Temer’. Apesar do
protesto, o Congresso manteve os trabalhos desta terça-feira – inclusive
a sessão no Senado que analisa a PEC do Teto. Na Câmara, os deputados
discutiram o pacote de medidas de combate à corrupção.
Dispersado, o grupo saiu da frente do Congresso em direção à Esplanada dos Ministérios, onde a confusão continuou. Carros foram queimados no estacionamento em frente à Catedral Metropolitana. O som das bombas de efeito moral se espalharam pela região. Manifestantes atearam fogo em banheiros químicos no meio da rua para impedir a aproximação da polícia. Um grupo vandalizou também o prédio do Ministério da Educação. Os parlamentares petistas, Benedita da Silva (RJ), Léo de Brito (AC), Pepe Vargas (RS) e Henrique Fontana (RS) foram ao local. O ato chegou a reunir 10.000 pessoas, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Estudantes num gigante lençol branco iniciaram a manifestação batizada de “Mar de Gente”. Havia ao todo 192 estudantes universitários, a maioria da UFMG. No grupo, há também integrantes da UnB. As polícias Legislativa e Militar formam um cordão de isolamento em frente ao Congresso.
Dispersado, o grupo saiu da frente do Congresso em direção à Esplanada dos Ministérios, onde a confusão continuou. Carros foram queimados no estacionamento em frente à Catedral Metropolitana. O som das bombas de efeito moral se espalharam pela região. Manifestantes atearam fogo em banheiros químicos no meio da rua para impedir a aproximação da polícia. Um grupo vandalizou também o prédio do Ministério da Educação. Os parlamentares petistas, Benedita da Silva (RJ), Léo de Brito (AC), Pepe Vargas (RS) e Henrique Fontana (RS) foram ao local. O ato chegou a reunir 10.000 pessoas, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Estudantes num gigante lençol branco iniciaram a manifestação batizada de “Mar de Gente”. Havia ao todo 192 estudantes universitários, a maioria da UFMG. No grupo, há também integrantes da UnB. As polícias Legislativa e Militar formam um cordão de isolamento em frente ao Congresso.
Aberto processo seletivo para cursos técnicos no Iema de Pindaré Mirim e mais 6 unidades
O Governo do Estado abriu nesta quarta-feira (30) processo seletivo público para preenchimento de 1.050 vagas destinadas aos cursos do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema). Para Pindaré Mirim são 130 – sendo 70 distribuídas em igual número para os cursos técnicos em agropecuária e recursos pesqueiro e 60 para serviços jurídicos.
As vagas são para as unidades de Axixá, Coroatá, São José de Ribamar e Timon, que serão entregues no início de 2017 pelo governador Flávio Dino, e para São Luís, Bacabeira e Pindaré Mirim, já em funcionamento. O edital de seleção está disponível no site da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) no endereço www.secti.ma.gov.br. As inscrições ficam abertas até o dia 20 de dezembro.
A meta do governo é entregar até 2018 um total de 23 unidades plenas, garantido assim a estudantes de todas as regiões do estado oportunidade de cursar o ensino médio e, ao mesmo tempo, adquirir uma formação técnico-profissionalizante em uma escola de tempo integral, que é o modelo de educação implantado no Iema.
Nas novas unidades do Iema, as vagas estão distribuídas da seguinte forma: Axixá – 160 vagas distribuídas entre os cursos técnicos de cooperativismo, eletrotécnica, agricultura orgânica e informática (manutenção e redes); Coroatá 160 vagas, sendo 40 para cada curso – agricultura orgânica, cooperativismo, avicultura e informática (manutenção e rede); São José de Ribamar – 160 vagas distribuídas entre os cursos de eletromecânica, guia de turismo, agricultura orgânica e informática (manutenção e rede); e em Timon, equipamentos biomédicos, informática biomédica, logística e serviços jurídicos. São 40 vagas por curso.
Para Bacabeira estão sendo ofertadas 140 vagas para os cursos técnicos de administração (70 vagas), logística (35) e mineração (35). Para Pindaré Mirim são 130 – sendo 70 distribuídas em igual número para os cursos técnicos em agropecuária e recursos pesqueiro e 60 para serviços jurídicos. Os candidatos às vagas de São Luís podem escolher entre os cursos de eventos, informática, meio ambiente e serviço jurídico, que somam 140 vagas, 35 para cada curso.
Os cursos terão duração mínima de três anos e, ao término, o aluno terá concluído o ensino médio, bem como terá obtido habilitação técnica profissional. Podem concorrer às vagas candidatos que já concluíram ou estão cursando no ato da inscrição, com no mínimo 75% de aproveitamento, em 2016, o 9º ano do ensino fundamental em estabelecimento de ensino devidamente legalizado e tenham idade mínima de 14 anos e máxima de 17 anos completados até o dia 25 de maio de 2017, conforme Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/1996. Os candidatos deverão ter total disponibilidade de 2ª a 6ª feira para jornada escolar de tempo integral, das 7h30 às 17h.