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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Engenho Central, Patrimônio Pindareense


 Engenho Central
       

NOME: Engenho Central São Pedro
        
Outros Nomes: Companhia Progresso Agrícola do Maranhão
     
LOCAL: Avenida Elias Haickel, esquina com Praça São Pedro, Centro - Pindaré-Mirim – MA
     
DESCRIÇÃO: Construído à margem direita do rio Pindaré em terreno outrora pertencente à extinta colônia de São Pedro, habitada por índios Guajajaras, o Engenho Central de Pindaré-Mirim, ou Companhia Progresso Agrícola, foi criado pelo Decreto-Lei nº 7.811, de 31 de agosto de 1880.

     Todo o maquinário e aparelhagem necessários à sua instalação foram importados da Inglaterra pela quantia de 28.000 réis e executado pelo técnico Robert Collond, da firma inglesa Fawcet Preston & Cia. Nessa oportunidade é que foram fixados em solo maranhense os trilhos da primeira ferrovia do Estado. Em 1888, ainda por iniciativa da mesma empresa, é instalado em Pindaré o sistema de iluminação elétrica, conferindo ao município um pioneirismo no gênero em todo o Brasil - pois, somente em 1892 é que a cidade fluminense de Campos foi dotada de energia elétrica.

     O Engenho Central, um dos melhores do Brasil na época, possuía 500 carros de boi, 35 carroças, cerca de 50 casas de madeira, três léguas de terra apta à lavoura e 10 km de via férrea e unidade fabril nas atividades portuárias, conferindo ao Maranhão um panorama de tecnologia e desenvolvimento até então inédito.

     HISTÓRICO:  Quando entrava em funcionamento os engenhos tradicionais eram desativados, continuando apenas com o cultivo da cana cujo processamento era feito na nova planta industrial, ou seja, esta nova planta industrial centralizava o processamento de cana-de-açúcar de várias fazendas de uma região, daí o nome Engenho Central.

     É válido lembrar ainda que os engenhos centrais – embora funcionassem como cooperativas em sua maioria, tendo como sócios os senhores de engenhos e plantadores de cana da região – tinham caráter semi-oficial, isto é, estavam diretamente ligados aos governos do império ou das províncias: eram subsidiados pelo governo, em alguns casos o contrato para concessão de crédito inibia o trabalho escravo dentro da unidade fabril, só processavam matéria prima terceirizada, eram criados através de decretos-leis.

     No entanto, invernos rigorosos seguido de um período de seca levaram à escassez de matéria prima, a via férrea foi danificada, sem matéria prima o engenho ficou impedido de funcionar. Somado a estes fatores, juros de largas proporções levaram o Engenho Central ao declínio.
     Em 1910 o Engenho Central foi a leilão e arrematado por 90 contos de réis por uma companhia pernambucana. O trem e toda a maquinaria e aparelhagem da unidade fabril foram levados, restando apenas seu imponente edifício.

     ATUALIDADE: Hoje, este secular monumento, com sua tradicional chaminé, seus paredões em alvenaria, seu teto laminado sobre custosa estrutura de ferro, é um dos últimos representantes do sistema de engenhos centrais instalados no Brasil durante o Império.

     Não deixando de ressaltar que o gigante adormecido foi tombado como patrimônio histórico pelo estado.
Portanto, esperamos nos dias atuais uma nova história para o Engenho Central, até porque está previsto uma reforma gigantesca no adormecido, que por sinal já deveria estar em todo vapor, mas esperamos o que vai acontecer, para que possamos descrever, episódios felizes para o nosso patrimônio pindareense.


Fontes:
1. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional:http://www.iphan.gov.br/ans.net/tema_consulta.asp?Linha=tc_hist.gif&Cod=2783
4. COSTA, Eliomar Sousa. Santa Inês Tem História.
5. Modernização e pobreza: a expansão da agroindústria canavieira e seu impacto ecológico e social; De Manuel Correia de Oliveira Andrade
6. História de Santa Inês: http://historiadesantaines.blogspot.com.br/2012/08/engenho-central.html


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