Outros Nomes: Companhia Progresso
Agrícola do Maranhão
LOCAL: Avenida Elias Haickel, esquina
com Praça São Pedro, Centro - Pindaré-Mirim – MA
DESCRIÇÃO: Construído à margem direita
do rio Pindaré em terreno outrora pertencente à extinta colônia de São Pedro,
habitada por índios Guajajaras, o Engenho Central de Pindaré-Mirim, ou
Companhia Progresso Agrícola, foi criado pelo Decreto-Lei nº 7.811, de 31 de agosto
de 1880.
Todo o maquinário
e aparelhagem necessários à sua instalação foram importados da Inglaterra pela
quantia de 28.000 réis e executado pelo técnico Robert Collond, da firma
inglesa Fawcet Preston & Cia. Nessa oportunidade é que foram fixados em
solo maranhense os trilhos da primeira ferrovia do Estado. Em 1888, ainda por
iniciativa da mesma empresa, é instalado em Pindaré o sistema de iluminação
elétrica, conferindo ao município um pioneirismo no gênero em todo o Brasil -
pois, somente em 1892 é que a cidade fluminense de Campos foi dotada de energia
elétrica.
O Engenho Central,
um dos melhores do Brasil na época, possuía 500 carros de boi, 35 carroças,
cerca de 50 casas de madeira, três léguas de terra apta à lavoura e 10 km de
via férrea e unidade fabril nas atividades portuárias, conferindo ao Maranhão
um panorama de tecnologia e desenvolvimento até então inédito.
HISTÓRICO: Quando entrava em funcionamento os engenhos
tradicionais eram desativados, continuando apenas com o cultivo da cana cujo
processamento era feito na nova planta industrial, ou seja, esta nova planta
industrial centralizava o processamento de cana-de-açúcar de várias fazendas de
uma região, daí o nome Engenho Central.
É válido lembrar
ainda que os engenhos centrais – embora funcionassem como cooperativas em sua
maioria, tendo como sócios os senhores de engenhos e plantadores de cana da
região – tinham caráter semi-oficial, isto é, estavam diretamente ligados aos
governos do império ou das províncias: eram subsidiados pelo governo, em alguns
casos o contrato para concessão de crédito inibia o trabalho escravo dentro da
unidade fabril, só processavam matéria prima terceirizada, eram criados através
de decretos-leis.
No entanto,
invernos rigorosos seguido de um período de seca levaram à escassez de matéria
prima, a via férrea foi danificada, sem matéria prima o engenho ficou impedido
de funcionar. Somado a estes fatores, juros de largas proporções levaram o Engenho
Central ao declínio.
Em 1910 o Engenho
Central foi a leilão e arrematado por 90 contos de réis por uma companhia
pernambucana. O trem e toda a maquinaria e aparelhagem da unidade fabril foram
levados, restando apenas seu imponente edifício.
ATUALIDADE: Hoje, este secular
monumento, com sua tradicional chaminé, seus paredões em alvenaria, seu teto
laminado sobre custosa estrutura de ferro, é um dos últimos representantes do
sistema de engenhos centrais instalados no Brasil durante o Império.
Não deixando de
ressaltar que o gigante adormecido foi tombado como patrimônio histórico pelo
estado.
Portanto, esperamos nos dias atuais uma nova história para o
Engenho Central, até porque está previsto uma reforma gigantesca no adormecido,
que por sinal já deveria estar em todo vapor, mas esperamos o que vai
acontecer, para que possamos descrever, episódios felizes para o nosso
patrimônio pindareense.
Fontes:
1. Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional:http://www.iphan.gov.br/ans.net/tema_consulta.asp?Linha=tc_hist.gif&Cod=2783
2. Um Breve Histórico do
Desenvolvimento no Vale do Pindaré:http://www.artigonal.com/noticias-e-sociedade-artigos/um-breve-historico-do-desenvolvimento-no-vale-do-pindare-4967643.html
4. COSTA, Eliomar Sousa. Santa
Inês Tem História.
6. História de Santa Inês: http://historiadesantaines.blogspot.com.br/2012/08/engenho-central.html
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