A causa da morte
ainda nao foi confirmada. O escritor estava internado no Hospital Copa D'Or, na
Zona Sul do Rio.
O poeta, dramaturgo, biógrafo, tradutor e
memorialista maranhense Ferreira Gullar morreu hoje, 4, aos 86 anos.
A causa da morte ainda não foi confirmada. O
escritor estava internado no Hospital Copa D'Or, na Zona Sul do Rio.
Ferreira Gullar assumiu ao longa da vida uma
extensa lista de papéis que, sozinhos, não dão a dimensão do seu lugar na cena
cultural do país. Um dos fundadores do neoconcretismo, o poeta participou de
todos os acontecimentos mais importantes da poesia brasileira.
O poeta nasceu como José Ribamar Ferreira no dia 10
de setembro de 1930 em São Luís. O quarto dos 11 filhos de Newton Ferreira e
Alzira Ribeiro Goulart.
No início da década de 1950, mudou-se para o Rio de
Janeiro e participou da exposição concretista que é considerada o marco oficial
do início da poesia concreta.
Em 1959 criou com Lígia Clark e Hélio Oiticica, o
neoconcretismo, que valoriza a expressão e a subjetividade em oposição ao
concretismo ortodoxo.
Militante do Partido Comunista, exilou-se na década
de 1970, durante a ditadura militar, e viveu na União Soviética, na Argentina e
Chile. Retornou ao país em 1977 e foi preso por agentes do Departamento de
Polícia Política e Social no dia seguinte ao desembarque, no Rio.
Gullar foi libertado depois de 72 horas de
interrogatório graças à intervenção de amigos junto a autoridades do regime.
Depois disso, retornou aos poucos às atividades de critico, escritor e jornalista.
Em 2014 foi eleito para a Academia Brasileira de
Letras, coleciona uma vasta lista de prêmios. Em 2002, foi indicado por nove
professores dos Estados Unidos, do Brasil e de Portugal para o Prêmio Nobel de
Literatura. Se livro "Resmungos" ganhou o Prêmio Jabuti de melhor
livro de ficção do ano de 2007.
Em 2010, foi agraciado com o Prêmio Camões, o mais
importante prêmio literário da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Ainda
em 2010, foi contemplado com o título de Doutor Honoris Causa na Faculdade de
Letras da UFRJ. Já em 2011 ganhou o Prêmio Jabuti com o livro de poesia
"Em alguma parte alguma".
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