Prédios
abandonados e destruídos, acúmulo de lixo, salários atrasados, veículos
sucateados, equipamentos roubados e sérios indícios de desvios de verbas
públicas. Essa foi a situação que a nova equipe de governo da prefeita Cláudia
Silva encontrou no município de Monção. De acordo com ex-prefeito Henrique
Silva, marido da atual prefeita, após 10 dias de gestão na cidade de Monção, o
que já deu para perceber é que a situação requer medidas urgentes. “Na
prefeitura nós não encontramos nada nos arquivos, não temos informação de nada,
e o que a população sabe é que temos atrasos de salário, a administração não
pagou, por exemplo, o mês de dezembro dos funcionários da Administração e da
Saúde. Nós precisamos fazer todo um levantamento dessa situação e ver o que ele
(o prefeito) deixou empenhado. Porque infelizmente aqui na prefeitura não ficou
registro de nada e nós estamos fazendo esse levantamento pra ver se a gente
começa a instituir uma organização administrativa para que isso aqui possa
funcionar”, disse o ex-prefeito Henrique Silva.
Na
Secretaria de Obras, alguns veículos que fazem parte de convênios até foram
deixados, mas outros pertencentes ao município estão sem a mínima condição de
uso. “O que ficou da prefeitura de equipamento e de frota e tudo de programas;
patrol, retro escavadeira, caçamba, são
tudo do programa do PAC, então isso aí não é recurso da prefeitura e sim do
programas que vem paras cidades abaixo de 50 mil habitantes. Os ônibus que são
escolar e isso aí vem para os municípios
de acordo com a demanda escolar. Recebemos duas lanchas e todas duas estão com
problemas de motor. E trator é de parceria com a AGERP, ambulância esta
danificada e não há condição de trabalho, tem que ser feito uma substituição e colocação
de equipamento dentro dela pois ela só está um vagão dentro dela e não tem
equipamento nenhum para dar assistência
e cobertura nas necessidades do município, ressaltou o secretário de Obras de
Monção, Júnior Leite.
No mercado municipal
a situação é de abandono, assim como é no matadouro público que foi interditado
pelo Ministério Público. Outra preocupação da nova gestão, é quanto ao lixão municipal pelas conseqüências
da poluição. “Já pedi para vim uma equipe, para fazer um levantamento da
situação do atual lixão. Tem vários problemas lá, primeiro; é dentro da cidade,
segundo; é um ‘grotão’ onde jogam
lixo em uma lago chamado laguinho e do
laguinho vai para o lago do Castelo. Tudo isso aí, do lixão vocês sabem que
produz poluição e o pior, é o “chorume”, e isso aí vai ter impacto ambientais,
vai poluir as águas e com isso vai matar os nosso peixes do laguinho e do Lago
do Castelo”, afirma o secretário de
Obras de Monção, Júnior Leite.
Diante de tantos descasos, o que chamou mais a atenção da nova equipe de governo, foi
o documento que chegou logo na primeira semana de trabalho. De acordo com os
documentos; um relatório de uma auditoria realizada no município de Monção pela
Receita Federal ainda no mês de dezembro que comprova que foi recolhido de
todos os funcionários da cidade cerca de 9 milhões e novecentos mil reais, e não foram repassados para a previdência, é
como se todos os funcionários do município não tivessem contribuído com a
previdência no período de janeiro 2013 à novembro de 2016. “O relatório da
auditória na folha 1, diz o seguinte;
que há um débito de 9 milhões novecentos
e cinqüenta e dois mil setecentos e sessenta reais e um centavo, sendo 7 milhões e duzentos e oitenta e quatro mil
seiscentos e vinte dois reais pela parte patronal, 2 milhões seiscentos e sessenta e oito mil sento e
trinta e sete reais dos servidores. Isto quer dizer que foi descontado e não
foi repassado ao instituto.” Relata o Secretário de administração de Monção,
Laurindo António Soares.
Além dos desvios de quase Dez milhões da
previdência, a nova administração encontrou alguns débitos em uma agência
bancária da cidade, referente a empréstimos de funcionários públicos
municipais, onde a gestão anterior chegou a descontar os valores mensais e não
repassou ao banco gerando uma inadimplência de Cento 180 mil reais. O secretário de Administração
disse que o setor Jurídico já está tomando todas as providências para responsabilizar
o ex-prefeito João de Fátima Queiroz. “Já determinamos que o setor Jurídico
faça as representações”, finalizou.
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