Em participação no II Fórum Internacional para a Integridade do Esporte, realizado na semanada passada (15), em Lausanne, o diretor-executivo do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC), Yury Fedotov, alertou que sediar grandes eventos esportivos pode abrir brechas para a corrupção em larga escala.
“Para as Nações Unidas, os esportes têm o potencial de unir o mundo, de contribuir para a paz e o desenvolvimento e de inspirar jovens a fazerem escolhas boas e saudáveis”, disse o chefe da agência da ONU durante o evento, organizado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
“Mas a corrupção e o envolvimento do crime organizado transnacional ameaçam arruinar a integridade” da prática esportiva, ressaltou Fedotov.
O dirigente explicou que “a organização complexa e os prazos apertados envolvidos na recepção de grandes eventos esportivos apresentam oportunidades para a corrupção em larga escala, mesmo onde sistemas regulatórios bem consolidados existem”.
O diretor-executivo do UNODC lembrou ainda que práticas ilícitas como partidas arranjadas e apostas ilegais “não só ameaçam a credibilidade do esporte, mas estão também perigosamente associadas a lavagem de dinheiro e outras formas de crime organizado”.
No evento, Fedotov e o presidente do COI, Thomas Bach, concordaram em estreitar a colaboração entre os dois organismos que chefiam para promover a boa governança no esporte e reduzir o risco de atividades criminosas.
“O UNODC reconhece a contribuição vital que o esporte pode realizar no empoderamento de indivíduos e comunidades, bem como na saúde, na educação e na inclusão social, em todo o mundo. Esperamos continuar a fortalecer nosso trabalho com o COI e com todos os nossos parceiros, para acabar com a corrupção”, completou o chefe da agência da ONU.
Durante o fórum, o escritório das Nações Unidas e o COI publicaram o estudo “Disposições de Direito Penal para o Processamento da Manipulação da Competição”. O documento analisa e compara legislações de diferentes países voltadas para o combate a práticas ilegais no esporte. Acesse a publicação clicando aqui.
FONTE: https://nacoesunidas.org
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