Bélgica tem uma grande tradição cervejeira. Algumas das melhores cervejas do mundo, como a Delirium Tremens, são produzidas lá; algumas das mais populares também têm origem belga – como a Stella Artois. O consumo de cerveja é um hábito tradicional no país, sendo parte do dia a dia de grande parte da população, em várias faixas etárias. Por isso, houve uma grande comoção em um pequeno vilarejo de Brielen quando seu único bar foi fechado. E isso explica também porque, depois disso, o pastor protestante do local decidiu que a cervejinha de domingo agora teria lugar em sua igreja.
Não que a estreita relação entre sacerdotes e a bebida seja novidade na Bélgica – muitos dos famosos rótulos do país são produzidos por monges (é a chamada cerveja trapista). Se você pensa que isso pode afastar os fiéis do caminho do Senhor, pense duas vezes: sem culto, sem cerveja. Essa é a principal regra do “bar sagrado”, que deve ser cumprida à risca.
A decisão do padre se deu diante da percepção de que as reuniões de seu rebanho no bar local, após a missa, eram um importante fator de congregação da comunidade. Assim, com a bênção das autoridades locais, ele determinou que mesas e cadeiras de madeira fossem colocadas no templo após o culto e que a cerveja fosse totalmente liberada – mas só até as 13h, impreterivelmente; essa é outra das regras. E próprio pastor se junta ao seu rebanho para tomar uma brejinha. Mas sem música e sem dança – o último mandamento do “santo bar”. Porém, o registro do canal francês LCI mostrou que isso em nada atrapalha a diversão dos fiéis.
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