Apresentador Edmundo
Oran veio em canoa sustentada por guindaste de aproximadamente 80 metros.
Com o tema “A Poética do Imaginário Caboclo”, o Caprichoso escolheu “Tecedura” como subtema para a primeira noite do Festival Folclórico de Parintins. O Touro Negro se apresentou depois do Garantido, que abriu os trabalhos da festa cultural este ano, e fechou a noite com direito a um desaparecimento em plena Arena, truque de ilusionismo feito de maneira inédita.
E para abrir a apresentação, o Caprichoso escolheu uma
música que retrata bem a alma caboclo. "Saga de um Canoeiro" foi
interpretada pelo apresentador Edmundo Oran, que entrou em uma canoa que
"voou" sobre o Bumbódromo, vindo de um guindaste de aproximadamente
80 metros. Sob a canoa, veio a Marujada de Guerra.
“Tecedura – Gênese da Cultura Cabocla”, também foi o nome
da primeira alegoria, a exaltação folclórica com assinatura do artista Juarez
Lima. A grandiosa alegoria, com vários módulos, trouxe o Caprichoso no seu
interior, surgindo na palma da mão direita da Cobra Onorá, um ser aquático que
representava o olimpo submerso.
Após a evolução do bumbá, o amo do boi Prince do
Caprichoso tirou seu primeiro verso, seguido pela entrada da Sinhazinha da
Fazenda, que estava em uma canoa que compunha o cenário da exaltação
folclórica. A alegoria, ao abrir para que Valentina saísse, aparentou um
problema, que precisou da intervenção de funcionários do Caprichoso.
Na evolução de Valentina, várias pequenas sinhazinhas
apareceram, o amo do boi fez um verso lembrando que Valentina é bisneta de
Roque Cid, fundador do Touro Negro. A galera azul e branca respondeu, jogando
leques em homenagem ao item feminino.
A toada letra e música,`'A Poética do Imaginário
Caboclo', foi defendida por David Assayag acompanhado por um coral em libras,
que dançava e fazia a tradução simultaneamente.
Assim como o Garantido, o Caprichoso também apresentou
nesta sexta-feira uma representação cênica do Auto do Boi, que empolgou a
torcida azulada.
A Rainha do Folclore Brena Dianná foi mais uma a aparecer
vindo de um guindaste, e evoluiu com o brilho e a garra costumeira. Em
determinado momento, ela chegou a subir as escadas para dançar em frente à
galera.
O pajé Neto Simões surgiu em meio à apresentação das
tribos do Caprichoso e chegou a fazer um clamor pelos povos indígenas ao som da
toada clássica Unankiê. `Para Não Dizer que Não Falei das Flores', de Geraldo
Vandré, foi citada pela parte musical do bumbá neste momento.
A cultura regional e principalmente o imaginário
amazônico que despertou o interesse dos navegadores foi representado na Lenda
Amazônica “Templos de Ouro”. A busca dos europeus pela Cidade Manôa, a chamada
cidade de ouro, o eldorado, inspirou o
Márcio Gonçalves a levar para Arena uma alegoria grandiosa onde o
dourado foi predominante e a representação dos deuses indígenas. A alegoria
trouxe a cunhã-poranga Marciele Albuquerque. Veja na sequência de fotos de
Euzivaldo Queiroz.
A herança cultural dos estrangeiros foi revisitada na
terceira alegoria. A Figura típica Regional trouxe uma réplica do “Cine Teatro
Brasil de Parintins”, construído na ilha logo após a 2ª Guerra Mundial pelo
judeu Elias Assayag, o italiano Orestes Dantona e o alemão projetista Padre
José Victor HeinzDa alegoria, surgiu a porta-estandarte, que veio suspensa em
um pássaro.
acritica.com
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