O procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, pedirá nos próximos dias ao STF (Supremo Tribunal
Federal) a abertura de inquérito para investigar pelo menos dois ministros do
governo de Michel Temer, além de senadores do PMDB e do PSDB, todos citados nas
delações premiadas da Odebrecht.
Janot vai
requerer, ainda, o desmembramento para instâncias inferiores de casos
envolvendo dezenas de políticos sem foro no Supremo, mas que foram mencionados
nos depoimentos.
Entre eles,
estão os petistas e ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva,
além dos ex-ministros Guido Mantega e Antonio Palocci, o marqueteiro João
Santana, governadores, ex-governadores e ex-parlamentares.
Da equipe de
Temer, segundo a Folha apurou, já estão na lista da Procuradoria-Geral da
República (PGR) os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco
(Secretaria-Geral da Presidência).
Outros
ministros podem aparecer. Por exemplo, Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia e
Comunicações) –a Procuradoria, por enquanto, estuda esse caso.
Da bancada
do PMDB no Congresso, a PGR quer investigar o presidente do Senado, Eunício
Oliveira (CE), o líder do partido e ex-presidente, Renan Calheiros (AL), e os
senadores Edison Lobão (MA) e Romero Jucá (RR).
Integram
também a lista da procuradoria os tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).
ESTRATÉGIA
A estratégia
de Janot é tentar entregar, na próxima semana, todos os pedidos de uma vez ao
relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin.
O número de
solicitações ao ministro do Supremo pode passar de 40. Os detalhes sobre os
inquéritos devem ser concluídos até esta segunda-feira (6) em Brasília.
O procurador-geral
vai sugerir diligências, incluindo depoimentos e quebra de sigilos bancários e
fiscal.
Cada
solicitação vai conter documentos e gravações referentes ao nome a ser
investigado –caberá ao ministro Fachin decidir ou pela abertura dos inquéritos
e ou pela manutenção de seu sigilo.
A PGR
pretende preservar o segredo das informações que não podem ser reveladas na
fase de investigação.
Ao todo,
cerca de 850 depoimentos de 77 executivos da Odebrecht foram analisados. Muitos
deles contêm fatos semelhantes –outros podem ser anexados a investigações já em
andamento.
O senador Edison Lobão (PMDB-MA)
também nega recebimento de propina da empreiteira. (Folha de SP).
Fonte:
Blog do John Cutrim
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