A restauração do prédio histórico Engenho Central São Pedro, no município de Pindaré-Mirim, que está sendo adaptado para funcionar como um Centro Vocacional Tecnológico (CVT), está sendo realizada com 94% de mão-de-obra local. Com investimento de mais de R$ 4 milhões, os trabalhos começaram em novembro de 2016, por meio de parceria do Governo do Maranhão com a Prefeitura de Pindaré-Mirim, Ministério Público Federal, Ministério da Cultura e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O Governo do Estado estabeleceu um termo de cooperação técnica com o Iphan viabilizando recursos necessários para a conclusão da obra que será complementada pelo Tesouro Estadual. “O Engenho Central é uma edificação histórica simbólica, não apenas para o Maranhão, como para o Brasil. Está sendo feita uma revitalização para instalação de um centro tecnológico, integrando modernidade e tradição e promovendo o desenvolvimento social e tecnológico de toda a região”, explicou o secretário de Estado da Infraestrutura, Clayton Noleto.
O Engenho Central São Pedro, construído em 1880, deu origem ao município de Pindaré-Mirim. É uma obra simbólica, pois é um imóvel que representa um período importante da história do Maranhão. É um exemplar arquitetônico açucareiro, testemunho de um ciclo histórico agroexportador maranhense. No local eram refinadas toneladas de açúcar, atraindo lucro para a região, na segunda metade do século XIX. O engenho possibilitou que Pindaré-Mirim fosse a primeira cidade a ter luz elétrica e linha de trem no estado.
Preservação
Os serviços em andamento estão preservando as características da arquitetura do prédio histórico que está localizado às margens do Rio Pindaré. Os tijolos da construção original foram, em parte, deteriorados e vandalizados gerando buracos na estrutura do imóvel. Essas peças estão sendo cuidadosamente restauradas e vão recobrir as falhas, preservando o que for possível da imagem arquitetônica original do engenho.
A estrutura metálica inglesa, toda original, também está sendo preservada. As peças que necessitarem de alguma substituição serão confeccionadas seguindo os padrões do Iphan. A cobertura, em telhas metálicas, apresenta muitos danos por conta da ferrugem e estão sendo substituídas, dentro do processo de restauro, por telhas com as mesmas características.
Com previsão de conclusão para outubro deste ano, o Engenho Central vai funcionar como Unidade Vocacional do Instituto de Educação, Ciência, Tecnologia do Maranhão (Iema). No local haverá salas de aula, laboratórios, auditório para 154 lugares, entre outros espaços necessários para as atividades de educacionais. A proposta é que o imóvel funcione, também, como equipamento cultural e área para exposições.
O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Jhonatan Almada, destacou a importância da unidade em Pindaré-Mirim. “Representa o resgate de um espaço que foi depositário da tecnologia mais avançada, no século XIX, período de relativa prosperidade econômica no Maranhão. Esse espaço, agora, será restaurado e resguardado para a sociedade como equipamento público de cultura, turismo e educação”.
Para oferecer um ambiente agradável aos visitantes e alunos os serviços serão ampliados para a área externa do Engenho. Será construído um piso em blocos de concreto com rampas de acessibilidade, espaços para jardins com plantio de árvores regionais e grama. Além disso, no entorno será instalado postes, luminárias, bancos e lixeiras. A Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) realizará a urbanização do entorno do prédio.
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